sábado, 13 de junho de 2015

Conto de uma noite

Acordei tarde, era por volta das 22 hrs, com meu confortável pijama vinho e minha pantufa macia como algodão, abri a geladeira e peguei minha jarra de sangue no qual havia retirado de alguns de meu rebanho que estavam na minha casa na noite passada, um sangue frio, ou melhor, gelado e sem serventia para muitos, más para mim tinha sabor de não-vida esquentado no micro-ondas.
O vento assobiava em meio as arvores lá fora as fazendo balançar, passavam poucos carros na rua, vi também o carro da policia parado em frente ao meu portão abordando uma garota que deixava flores em meio as faixas, fotos e pelúcias, observei pouco tempo as câmeras de segurança pelo monitor e liguei a tv, filmes, enquanto no jornalismo um turista americano como eu contava e jurava de pés juntos ter visto um monstro em uma mata de Dreamland no brasil enquanto fazia sua escalada noturna, apenas mais uma historia distorcida como as de extraterrestres que passavam naquela emissora, na maioria dos outros canais a noticia era a mesma, a morte do Rei do Pop, farsa ? descuido ? erro médico ? cada canal abordando um debate.
Ao desligar a tv ouço a gargalhada de um inimigo quase sempre oculto aos olhos, a maldita gargalhada do Capitão Gancho dizendo que meu fim estava próximo.
Peguei a espada pendurada na parede, espada de Sor Shelff, uma relíquia adquirida em leilão, sua lâmina afiada, estava um pouco empoeirada, eu a movimentava fazendo cortar o vento mesmo que desajeitado, uma espada pesada.
- Vá até a casinha na arvore ! disse o maldito Gancho.
Por ser muito escuro o parque de Neverland com as luzes apagadas e naquela noite não tinha luar, eu estava com muito medo, talvez eu poderia destrui-lo ou morrer de uma vez por todas.
O pijama deu lugar a mortalha marrom, pesada como uma blusa molhada e cheirando a mofo, isso irritava meu perfeito nariz.
Apanhei o lampião e sai com cautela de casa, não havia helicópteros sobrevoando o local, faziam 18 dias desde a minha "morte".
Fui caminhando lentamente e alerta a qualquer barulho, mesmo que fosse causado pelo vento.
Cheguei até a casinha na arvore, sua porta rangia e sua janelinha batia.
- Onde está Capitão ? Vamos duelar !
O frio na espinha era inevitável, subi até a casinha e entrei, a luz do lampião foi o suficiente para iluminar a pequena casinha toda.
Não tinha nada lá, e fez um silêncio, quando...
-Morra Peter !!! era a voz de Gancho.
A arvore começou a balançar fortemente enquanto minha sombra corria de um lado para o outro dentro da casinha, o lampião de apagava e o medo tomava conta de mim.
Abri a porta para sair quando a voz de uma mulher disse claramente :
- Agora não Capitão, temos coisas importantes para fazer !
- Nada é mais importante que acabar com Peter querida Karen, bem...só dessa vez, só dessa vez... hahahahahahahaha !!!
E essa foi a resposta de Gancho...


Michael Jackson, Malkavian, Artista.



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